João Rosendo Artista Plástico: 09/01/2009

UM POUCO DA VIDA DO ARTISTA JOÃO ROSENDO

Artista plástico, escultor, cineasta, ator, pintor, comunicador, jornalista, carnavalesco, figurinista, cenógrafo, líder cultural, e restaurador de obras de arte.

João Rosendo Alvim Soares, nasceu no dia 04 de fevereiro de 1960, Lajinha (MG), mas se considera manhumiriense, pois seus pais se mudaram para Manhumirim quando ele tinha apenas dois meses.Sua primeira moradia foi no Bairro do Roque no "Beco do Carangola". É filho único de Manoel Soares de Santana e Maria Alvim de Santana e tem um irmão (José Simplício de Santana) por parte de pai, do primeiro casamento de seu Manoel. Artista plástico, comunicador, cineasta, escultor, pintor de arte, jornalista e escritor. Desde criança começou a mostrar seus dons artísticos fazendo esculturas e desenhos, e, mesmo antes de saber escrever, já desenhava e dava um toque de arte em seus cadernos e também nas brincadeiras com os colegas, construindo estradinhas e cidades com casas, prédios e monumentos. Sempre mostrou uma tendência muito grande para a liderança sendo eleito durante o seu tempo de escola presidente do clube de leitura da Escola Estadual Narciso Rabelo, quando recebeu a chave simbólica como melhor aluno. Na escola estadual de Manhumirim foi considerado um excelente aluno, presidente do Centro Cívico. No Colégio Santa Terezinha foi eleito o Presidente do Grêmio Estudantil e foi o autor de várias realizações sócio-culturais ao lado da amiga Mônica Tannus Paixão (Miss Minas Gerais), Anderson Rust (Dida), Maria das Graças Brandão e Helena Cotrim. Fez parte da comissão organizadora da restauração da capela do colégio e participou de várias campanhas em prol do renomado educandário que é dirigido pelas Irmãs Sacramentinas de Nossa Senhora. João Rosendo é autodidata em sua arte e ao tentar ingressar em uma escola de belas artes foi aconselhado pela respeitável crítica de arte Lena Frias a não fazer nenhum curso na área para que não perdesse seu estilo próprio e se tornasse um artista acadêmico, como muitos outros que já existem no mercado. De família humilde, filho de um barbeiro e uma costureira, João Rosendo herdou o talento da mãe, conhecida com D. Cotinha, que foi modelista de várias malharias que existiam em Manhumirim e a força e a garra do pai. Um garoto humilde, criado no Bairro Isidoro, começou sua vida em uma rua simples e de terra, usando a poeira da rua para decorar sua alma e transforma-lo em um grande artista, hoje reconhecido e todo o Brasil e parte do mundo, onde tem sua obra perpetuada em ilustrações de livros, estátuas, pinturas em igrejas e importantes locais públicos. O artista é um arquivo vivo de cultura e arte. Contato: Rua Theóphilo Khede, 45- Manhumirim, M.G. Fone (33) 3341.1538.

JOÃO ROSENDO CARNAVALESCO
João Rosendo começou a mostrar seu talento nos blocos carnavalescos que existiam em Manhumirim (Flor de Abacate, Bloco do Sujo, Bloco dos Esfarrapados) até chegar a ser, ainda jovem, o carnavalesco da escola de samba G.R.E.S. Pingüim.
Seu talento foi tão reconhecido e comentado, que João Rosendo chegou a ser eleito vereador por dois mandatos, presidente da Câmara Municipal de Manhumirim por duas legislaturas e depois convidado a trabalhar no carnaval do Rio de Janeiro, onde foi escultor da Escola de Samba Portela e autor da capa do L.P. de samba enredo no ano de 1984.
O jovem mineiro também foi convidado a fazer o carnaval da escola de samba G.R.E.S. Embaixada da Vila São José, da cidade de Taubaté (São Paulo) no ano de 1984, conseguindo o segundo lugar para a azul e branco dirigida pelo Deputado Estadual Ari Kara José.
Voltando para o Rio de Janeiro, logo em seguida houve o “racha” na Portela, e o vice-presidente da escola Nésio Nascimento, fundou a G.R.E.S. Tradição, convidando João Rosendo para ser um dos fundadores da agremiação a “Caçulinha guerreira” do carnaval carioca. O jovem mineiro começou como assistente de escultor chegou a escultor chefe e depois foi o carnavalesco da escola, recebendo várias notas 10 do júri da Rede Globo de Televisão com o seu enredo “O melhor da raça, o melhor do carnaval”, a melhor classificação que a Tradição já teve até hoje em sua história.
Devido ao estado de saúde de sua mãe, João Rosendo volta para Minas Gerais e é convidado pela Prefeita de Manhuaçu Cici Magalhães a apresentar um programa na TV Catuaí. O Programa Point era uma revista eletrônica semanal que mostrava matérias sociais, culturais e de arte. Também na mesma emissora João Rosendo produziu e apresentou o Programa Boca do Povo. Já em Manhumirim, no ano de 2.000 funda a Escola de Samba G.R.E.S. Mocidade Independente do Isidoro, escolhendo como cores da agremiação o azul e branco e como símbolo uma águia coroada, em homenagem aos seus tempos de Portela e Tradição. Em fevereiro de 2003 morre D. Cotinha, a mãe de João Rosendo, e o artista passa a morar apenas com seu pai e traça outros rumos para sua vida.
Contato: Rua Theóphilo Khede, 45- Manhumirim, M.G. Fone (33) 3341.1538.

JOÃO ROSENDO COMUNICADOR
Como bom aquariano que é, João Rosendo sempre foi voltado para as causas sociais e acredita que a comunicação e a imprensa são armas poderosas em benefício de uma comunidade. Por isto, sempre colaborou com matérias em jornais locais e regionais e desde a sua época de escola já gostava da arte de escrever. No Colégio Estadual de Manhumirim fundou o Jornal Planeta Diário e no Colégio Santa Terezinha o Jornal Elo. Na Rádio Manhumirim apresentou o Programa Microfone Aberto, com estrondosa audiência, chegando a receber mais de quinhentas cartas por semana. O programa tinha a participação ao vivo do povo, e por telefone. O sucesso de João Rosendo, que na época era vereador e Presidente da Câmara, incomodou os poderosos da cidade, o que motivou o diretor da emissora, Padre Ronaldo Lopes Correa, que já alimentava a vontade de abandonar a batina e ingressar na política a tirar o programa do ar. Padre Ronaldo não concordava com a linha editorial do programa e entrou com uma ação na Justiça para tirar o programa do ar. Como o diretor era amigo do promotor da época, mesmo desrespeitando as cláusulas contratuais, o Microfone Aberto foi tirado do ar. Até hoje está aberta uma lacuna na Rádio Manhumirim com a falta do programa Microfone Aberto, que era o único que abria espaço para o povo se expressar, sem censura ou protecionismos.
Em Manhuaçu João Rosendo foi cronista do Jornal Tribuna do Leste de Manhuaçu por mais de doze anos, onde publicava matérias polêmicas e corajosas, que às vezes até fugiam da linha editorial do semanário e tolhido em suas idéias, João Rosendo resolveu parar de escrever sua coluna semanal “Manhumirim em Destaque” e fundou o Jornal Palanque, que circulou por vários anos na região. Depois funda a revista, que logo se transforma voltada para o bem comum. Na TV Catuaí de Manhuaçu, João Rosendo produziu e apresentou os programas POINT e BOCA DO POVO, na emissora que era dirigida pela família do Deputado Federal João Magalhães e sua irmã Prefeita de Manhuaçu Cici Magalhães, programas de grande audiência que nunca sofreram nenhum tipo de censura ou restrição por parte de seus proprietários e diretores. João Rosendo permaneceu na TV Catuaí por oito anos e também escrevia no Jornal O Catuaí até que a emissora, por questões judiciais, passou a ser administrada pela Fundação Expansão Cultural, dirigida por padres locais. O artista era também o autor dos cenários de todos os programas da emissora.
Contado: João Rosendo – Rua Theóphilo Khede, 45, Isidoro, Manhumirim, Minas Gerais- FONE – (33) 3341.1538
JOÃO ROSENDO CINEASTA
Desde criança João Rosendo gostava de mostrar seu talento como ator e diretor chegando a organizar um circo-teatro no quintal de sua casa com a apresentação de palhaços, mágicos, dançarinas e peças teatrais. Ele desenhava as roupas, as fantasias e o figurino em geral e sua mãe costurava e bordava como se estivessem trabalhando para uma superprodução. O teatrinho do João Rosendo ficou conhecido no bairro e depois em toda cidade. O menino sonhador fazia projetores com lentes de óculos velhos e filmadoras de caixa de sapato e imaginava grandes histórias e superproduções que dividia com seus amigos de bairro. Seu maior sonho na época era apresentar uma peça no palco da rádio e da Escola Normal. Seu sonho foi realizado com êxito por várias vezes, pois quando foi estudar no Colégio Santa Terezinha até mesmo um filme ele produziu. O Embrião Satânico, estória de terror, produzida em película super-8 mm foi o maior sucesso da época sendo comentado por jornais de circulação nacional, motivando até o convite do diretor Roberto Mauro Bemyara Vidal para que João Rosendo trabalhasse como assistente de diretor no filme “Um menino... Uma mulher...” produzido pela Magnus Filmes de Jece Valadão no Rio de Janeiro, onde trabalhou ao lado de atores do porte de Monique Lafond, Fernando José, Celso Faria, Tony Ferreira, Elymar Santos dentre outros. Empolgado com o barulhinho da câmera e o brilho das luzes do set de filmagem, João Rosendo produz em Manhumirim mais dois filmes de suspense e terror “Reencarnação Diabólica’’ “e ‘‘Terror no Colégio’’. Os filmes até hoje impressionam pelo realismo das cenas e os efeitos especiais e maquiagem usada nas cenas. No quadro de elenco consta nomes de atores amadores e pessoas de destaque na comunidade, como advogados, médicos, policiais militares, o delegado de polícia Dr. Celso Ferreira de Queirós Neto entre outros amantes da arte como professores, oficiais de justiça e até a participação indireta de deputados estaduais e federais e até a do governador do estado de Minas Gerais Hélio Garcia. Nos planos de João Rosendo como cineasta ainda dura um sonho de realizar um filme contando a vida do Missionário Sacramentino de Nossa Senhora, o fundado da congregação Padre Júlio Maria de Lombaerde em Manhumirim e A História de Serafim Tibúrcio, em Manhuaçu, este último um homem que queria decretar a independência de Manhuaçu e chegou a criar uma moeda própria.. Um sonho dispendioso, pois segundo o diretor as produções são caras por ter que ser feita uma verdadeira reconstituição de época, com figurino, cenários e objetos e a até uma cidade cenográfica.. O jovem cineasta também é autor de vários documentários históricos e encomendados por prefeituras. Contato: Rua Theóphilo Khede, 45- Manhumirim, M.G. Fone (33) 3341.1538.

JOÃO ROSENDO ESCULTOR
E CONSTRUTOR DE MONUMENTOS GIGANTESCOS
Outro talento singular que João Rosendo tem é o dom da escultura. Desde criança se mostrou apto como escultor, fazendo suas próprias marionetes, máscaras e no carnaval já construía grandes bonecos para os blocos como o boi pintadinho, nega maluca, mulinhas entre outros. Sua técnica foi aprimorada no Rio de Janeiro quando teve o privilégio de trabalhar como o Mestre Yarema, um alemão radicado no Brasil, que viu no jovem artista mineiro um sucessor na sua arte, na época ainda inédita no país. Yarema foi quem trouxe para o Brasil a técnica de escultura em isopor em dimensões gigantescas. Autor de várias esculturas que já enriqueceram o carnaval do Rio de Janeiro e São Paulo, o artista plástico guarda em seus arquivos pessoais uma enorme fatia da arte brasileira. Além de obras descartáveis como as alegorias do carnaval carioca. João Rosendo é o pai artístico de gigantescos monumentos como o Menino Maluquinho erguido na chegada de Caratinga-M.G. medindo mais de dez metros de altura , o Monumento ao Cafeicultor construído na chegada de Manhuaçu-M.G. com oito metros de altura, a Praça da Bíblia em Manhumirim, o Monumento ao Padre Júlio Maria de Lombaerde na praça central de Auto Jequitibá –M.G., construído em tamanho natural e seguindo uma tamanha riqueza de detalhes e semelhança que arrancou elogios públicos do escritor e historiador Padre Demerval Alves Botelho, que ficou impressionado com a inacreditável semelhança com o fundador da Congregação dos Padres e Irmãs Sacrementinos. Também é obra do artista plástico João Rosendo como escultor, a restauração do Monumento ao Bandeirante que fica na Praça central de Manhuaçu – M.G. da restauração das estátuas do Reverendo Cícero Siqueira e sua esposa D. Cecília que ficam na praça que leva o mesmo nome em Alto Jequitibá-M.G. O Monumento das águas, que retrata a figura bíblica de Moisés, construído na praça da igreja, no centro de Manhuaçu-M.G, do Monumento a São Pedro, erguido no distrito de São Pedro do Avaí em Manhuaçu dentre várias outras obras de arte.. Contato: Rua Theóphilo Khede, 45- Manhumirim, M.G. Fone (33) 3341.1538

JOÃO ROSENDO COMO DECORADOR DE NATAL, CARNAVAL, PALCOS, GRANDES ORNAMENTAÇÕES DE CIDADES E CONFECÇÃO DE BONECOS PARA CAMPANHAS POLÍTICAS.
Várias cidades já puderam ver as decorações que o artista plástico João Rosendo realizou em datas festivas como o Natal, Carnaval e outras de relevância no calendário de festas. Especializado em grandes esculturas em isopor e fibra de vidro, caixas de luz, arabescos de vários modelos e painéis com temas variados, o trabalho de João Rosendo sempre se destaca. O Natal e o Foliaçu da cidade de Manhuaçu –M.G., os palcos da Expoleste de Manhumirim, os palcos da Portela no Rio de Janeiro e várias outras decorações de desfiles, convenções, simpósios e grandes shows, e bonecos de políticos levam a assinatura do artista plástico e escultor João Rosendo. Contato: Rua Theóphilo Khede, 45- Manhumirim, M.G. Fone (33) 3341.1538

ARTISTA PLÁSTICO JOÃO ROSENDO É HOMENAGEADO
PELO ROTARY CLUBE DE MANHUMIRIM

Em reunião festiva acontecida nas dependências da luxuosa sede do Rotary de Manhumirim, aconteceu a solenidade onde o artista plástico manhumiriense João Rosendo recebeu um certificado como reconhecimento da comunidade pelos relevantes serviços prestados na divulgação do nome de Manhumirim através de suas obras em restaurações de igrejas e obras de arte, construções de gigantescas estátuas e monumentos em praças, museus e prédios públicos.

O artista plástico João Rosendo é o autor de várias estátuas de imagens sacras, dentre elas várias réplicas do Cristo Redentor do Rio de Janeiro. Imagens localizadas em pontos estratégicos de várias cidades do país e também esculturas para o carnaval de São Paulo e Rio de Janeiro. Quando uma escola de samba pensa em sair com uma escultura do Cristo Redentor, Rosendo é logo contratado pela sua forma fiel de retratar os detalhes de rosto e das vestes da conhecida imagem. Existem algumas esculturas do Cristo espalhadas por esse país, mas as que mais receberam elogios foram as esculpidas pelo artista mineiro. Todos ainda se recordam da polêmica do Cristo da Escola de Samba Beija-flor de Nilópolis que foi proibido de desfilar por ter sido retratado de forma abusiva e desrespeitosa com a imagem do Cristo. Em contrapartida, no mesmo ano, a escultura feita por João Rosendo recebeu a permissão da justiça para desfilar e ainda recebeu vários elogios públicos da Cúria Metropolitana. Detalhes, sensibilidade e muita arte feita com um carinho especial de um grande artista - realidades marcantes nas obras do grande escultor Rosendo. Um mineiro de Manhumirim que segue a boa tradição de trabalhar em silêncio. E só faz bem feito.

(Comentários da crítica de arte Lena Frias do Rio de Janeiro)